6. A água

 

    A água contribui com mais de metade do peso do corpo e é indispensável para difusão e transporte de nutrimentos e outros materiais dissolvidos e suspensos, para viabilizar as reacções químicas vitais  e para o equilíbrio tensional de solutos orgânicos.

   Pode ser ingerida como água potável simples, em infusões (tisanas, «chás»), em chá, em café, em sumos, além da que constitui os alimentos e entra na sua confecção.

    O que caracteriza a água potável é a sua pureza bacteriológica e toxicológica, nomeadamente apresentar-se livre de nitritos e nitratos, e a pobreza de minerais. A riqueza de uma água em cálcio, juntamente com magnésio determina a sua dureza. A legislação portuguesa prevê 100 mg/l de cálcio e 30 mg/l de magnésio como valores máximos recomendáveis. Uma grande dureza da água não provoca riscos de contrair doenças, apenas pode causar depósitos no sistema de distribuição de água e nos electrodomésticos. Pelo contrário, as águas muito doces são mais corrosivas, dissolvendo certos metais e, podendo assim levar à contaminação por cádmio, cobre e chumbo, metais de que as canalizações são feitas.

    As infusões de ervas proporcionam boas alternativas para beber água potável. As mais usadas ou são farmacologicamente inertes ou pouco activas, e algumas até exercem efeitos benéficos. Assim, por exemplo: macela (camomila), tília, lúcia-lima, erva-doce (anis), funcho e hipericão estimulam a secreção biliar e melhoram o processo digestivo; cidreira (melissa), erva-moura e malva são antiespasmódicas e sedativas; raiz de morango pés de cereja, barbas de milho, erva-prata e parietária são diuréticas; menta, alteia, malva, avenca e casca de cebola fluidificam as secreções faríngeas e brônquicas e têm propriedades anti-inflamatórias; flor-de-laranjeira, maracujá (passiflora) e espinheiro são tranquilizantes.

    O chá, que é também um infusão de folhas secas de uma camélia proveniente da China, contém mais cafeína por peso do que o café, mas como se utiliza pouca quantidade por pessoa, a bebida fica mais fraca. A absorção da cafeína também é mais lenta e, por isso o seu efeito tonificante é mais brando e prolongado. Do ponto de vista nutricional, é uma bebida rica de flavonóides antioxidantes.

    O café é a infusão de bagos torrados  e moídos do cafeeiro. Fornece quantidades apreciáveis de irritantes para o tubo digestivo e de cancerígenos, mas não está provado que a bebida possa provocar cancro.

    O cacau, actualmente em desuso, resulta da prensagem das sementes do cacaueiro. Pode ser usado em bebidas por infusão em água ou leite. Contém quantidades de cafeína inferiores às do café e do chá.

Teor em nitratos inconveniente para grávidas e bebés.

Trihalometanos – produtos associados ao processo de tratamento das águas.

 

    Actualmente usa-se mais na indústria  de fabrico de chocolate e de  bebidas e pós ditos «fortificantes», «reconstituintes» e «energizantes».

   Os sumos e refrigerantes, no seu conjunto, fornecem boa água  e constituem alternativas ao consumo do álcool. As colas contêm bastante cafeína e também ácido fosfórico, um irritante digestivo que, em grande quantidade dificulta a deposição de cálcio nos ossos. Os refrigerantes de sumo são bebidas açucaradas à base de água potável e de uma pequena porção de sumo ou polpa de frutos – às vezes contêm aditivos artificiais; os néctares são batidos (polpas) ou sumos de frutos diluídos em água e açucarados, sem aditivos químicos; os sumos não contêm água, aditivos ou açúcar e não são gaseificados – são constituídos apenas por sumo e/ou por polpa de frutas – apresentam-se sempre turvos. O principal defeito destas bebidas, que, na maioria dos casos actualmente já não contêm corantes nem conservantes, é o excesso de açúcar.

 

 

 

Voltar ao menu anterior